TEMPO

​

ROB

 

Eu já imaginei que ficaria preso em muitos lugares; elevadores, carros, casa, loja de doces, quando criança e o armário embaixo da escada da casa dos meus pais, porém jamais poderia imaginar que ficaria tão feliz por estar preso em um hotel. Claro que o fato de estar com a Kristen fazia toda a diferença. Essa nevasca não poderia ter vindo em um momento mais perfeito.

 

Finalmente a paz. Nenhum paparazzi ou olheiro de um gordo maluco e frustrado poderia nos encontrar. Poderíamos ser quem realmente somos, apenas nós dois. Simplesmente Kristen e Rob.

 

- Estamos presos. – Kristen estava em meus braços usando o roupão que joguei para ela, um sorriso sereno, os olhos fixos na neve que caía. – Por pelo menos três dias. – As grandes orbes verdes me encararam. – Eu adoraria saber o que a senhorita pretende fazer durante esse tempo.

 

- Hum... Pensei que poderíamos fazer o básico... – Levantei a sobrancelha realmente intrigado. – Comer, dormir, brincar com eles... – Simples assim? – E, muito sexo. – Gargalhei, apertando-a mais forte, rolando na cama e trazendo-a para cima de mim.

 

- Eu gostei principalmente da parte do muito sexo. – Falei em seu ouvido, mordiscando o lóbulo da sua orelha.

 

- Sabia que iria gostar.

 

Eu a virei na cama, sem parar de beijá-la, de tocá-la com adoração. Minhas mãos acariciavam cada parte de seu corpo o que a deixa acesa. Minha boca chupava e lambia sua pele à medida que abria lentamente o roupão. Seu maxilar, pescoço, ombro, descendo pelos seios já duros de desejo, me fazendo sorrir encantado enquanto ia de um para o outro.

 

Abri a faixa que fechava o roupão, deixando-a completamente nua, levantando o rosto para encarar seus olhos.

 

- Você é tão linda, baby. – Eu não sei explicar essa atração, esse desejo... tenho certeza que não vai diminuir nunca. Kristen a cada dia parece mais perfeita aos meus olhos.

 

Suas mãos envolveram meu rosto, me trazendo para sua boca em um beijo longo, profundo, meu pau cada vez mais duro. Meu cabelo e costas eram afagados por ela, com carinho e força. Suas unhas arranhavam minha pele, me deixando ainda mais pronto para possuí-la.

Suas pernas me enlaçaram, me virando na cama, o roupão saindo definitivamente de seu corpo, minhas mãos tocando seus lindos seios. Seu bico intumescido apertado entre meu indicador e polegar, sua cabeça jogada para trás, a boca entreaberta, a respiração difícil, o arrepio em sua pele, ela está tão excitada quanto eu.

 

Tentei levar minha mão ao seu clitóris, seu olhar me impediu. Kristen me beijou, quente, molhado. Pequenos beijos espalhados por meu rosto.

 

- Eu quero brincar muito com você sweet. – A respiração saiu difícil por meus pulmões, enquanto apertava sua cintura.

 

Kristen chupava o lóbulo da minha orelha, meu pescoço, mordiscando e chupando, me marcando, enquanto fazia o mesmo em seu quadril.

 

Sua boca percorria meu corpo, meu ombro, peito. Sua língua brincando com o bico do meu peito. Minha coluna arqueando em resposta a seu estímulo. Minha barriga. Cada parte do meu corpo foi beijada.

 

O zíper da calça aberto liberando a cabeça do meu pau. Sua mão tocando-o com pressão e precisão.

 

Rapidamente minha calça saiu do meu corpo e Kristen estava passando sua língua em minha coxa. Porra, ela tem ideia de como isso é bom? Seu riso era o único som ouvido por mim. Também nenhum outro me importava.

 

- Rob? – Levantei a cabeça com esforço, encontrando seus olhos travessos, o sorriso e a mão passando tão de leve em meu pau que se fosse outra parte do meu corpo nem sentiria. – Você tem alguma noção do que provoca em mim? – Respirei fundo pensando exatamente como responder que ela tem o mesmo poder sobre mim. – E de como vou te fazer gozar? – Joguei minha cabeça para trás.

 

Quando consegui levantar, suas mãos estavam no meu pau e nas minhas bolas, minha respiração completamente descompassada quando vi sua linda boca me engolir. Deus, essa deve ser a visão mais incrível que um cara pode ter; ver a mulher que ele ama dando-lhe tanto prazer.

 

Meu pau entrava cada vez mais fundo em sua boca, dava pra sentir a cabeça encostando em sua garganta. Suas mãos subiam e desciam acompanhando o movimento.

 

Sua língua fazia círculos na cabeça do meu pau, tocando a fenda, pela qual já saía um pouco de liquido, a mão fazendo a pressão certa. Eu não vou resistir por muito tempo.

 

Kristen continuou com sua boca e sua mão em meu pau que estava completamente duro. Descendo e subindo. Sua boceta molhada roçava no meu joelho, suas unhas arranhavam levemente minha barriga, seu olhar era completamente apaixonado. Eu não podia resistir mais... Ela não parou e eu não amoleci.

 

- Você é tão lindo Rob. – Um sorriso maroto em seu rosto. Meu sorriso.

 

- Ah, Kristen, agora é minha vez de me divertir. – Puxei-a para mim, beijando sua boca, virando-a na cama, me deitando em cima dela.

- Necessito de você dentro de mim Rob. – Por que ela diz essas coisas, quando tudo que mais quero é realizar seu desejo? Mas será do meu jeito.

 

- Daqui a pouco baby... – Me ajoelhei entre suas pernas. Sua pele branca, sua barriga chapada, sua boceta completamente sem pelos, tão perfumada...

 

Beijei sua virilha, o monte de vênus e com minha boca sugando seu clitóris. Abri levemente os seus lábios enfiando um dedo e depois outro dentro dela.

 

Kristen arfava, abrindo mais suas pernas, me puxando pelo cabelo de encontro ao seu centro, gemendo meu nome e alguns palavrões, seus quadris trabalhavam comigo, deixando-a bem próxima de seu prazer.

 

- Rob... – Levantei a cabeça, olhando para ela que tentava levar minha cabeça de volta para seu clitóris. – Robert.

 

- Sim, baby... – Ela grunhiu e me olhou de forma assassina, fechando os olhos em fenda, não tive medo, beijei sua boca dividindo seu gosto com ela. Tão doce e saborosa.

 

Sem que Kristen esperasse, entrei nela com uma única estocada, e ouvi seu gemido alto, parei esperando sua reação e ela começou a tremer gozando, apertando minhas costas, gemendo meu nome, evolvendo meu quadril com suas pernas, se movendo de encontro a mim, me obrigando a me mexer em seu ritmo.

 

- Não para.

 

- Nunca.

 

Kristen sempre foi muito sensível, hoje ainda mais. Um orgasmo atrás do outro, até que, junto comigo, olhando em meus olhos, arfando, completamente vermelha de desejo, chegamos juntos a um grande gozo.

 

Um prazer especial. Estar diante desses olhos verdes que me fazem sentir o homem mais afortunado do mundo era como estar com minha alma na frente da dela. Meu amor.

 

Minha cabeça caiu em seu peito, sorri completa, absoluta e fodidamente apaixonado por ela.

 

- Você é a coisa mais maravilhosa que Deus colocou nesse mundo Kristen. – Ela gargalhou. – E eu fiz algo muito bom em algum momento para tê-la assim tão entregue, na minha cama.

 

- Eu preferia ser uma pessoa a uma coisa. – Sorri beijando o meio dos seus seios. – E sim, você fez algo muito bom. Veio de Londres só para mim.

 

- Eu te amo baby. – Sussurrei beijando sua pele me virando na cama, trazendo-a para meus braços.

 

- Também te amo. – Sorri em resposta. - Estou faminta Rob.

 

- Não te alimentei o bastante?

 

- Agora quero comida. E precisamos sair com eles. – Ela falou olhando para Bear, Bernie e Baily.

 

Realmente fizemos o básico, como a Kristen nomeou, comemos, tomamos banho, passeamos com os cachorros, nos divertimos na neve, não encontramos muitos funcionários pelo caminho, tínhamos todo o hotel somente pra nós, com toda a privacidade do mundo, lemos alguns roteiros que chegaram por email, e não gostamos de nenhum, falamos com nossos pais, alguns amigos e nos amamos, muito. Cada momento com ela, dentro dela, era precioso para mim.

 

Kristen estava tomando banho quando uma ideia me ocorreu. Peguei o notebook, sorrindo como um bobo, fazendo a coisa que me parecia mais certa. Os U$ 38.000,00 mais bem gastos de toda minha vida. Tomara que dê tudo certo. Deve dar, porque nunca me imaginei fazendo isso e muito menos que fosse tão simples e fácil. Só preciso pedir a alguém para buscar na loja de Beverly Hills.

 

- O que está aprontando com essa cara de bobo, Rob? – Quase pego no flagra.

 

- Comprando o presente de natal do Max. Vem aqui me dizer o que achou? – Estiquei os braços na direção dela, que estava usando um moletom azul marinho meu e uma calcinha tão minúscula que me deixava cheio de tesão. Ela sentou ao meu lado, observando atentamente a tela do meu notebook. – Que tal duas passagens e estadia para o The Wizarding World of Harry Potter, para ele e a mãe. – O brilho no olhar da Kristen me dizia que havia acertado. – Ele tem um pai? Nunca ouvi nada a respeito.

 

- Também não. Tenho certeza que o Max vai adorar. Eu pedi que entregassem um jogo de xadrez do Harry Potter autografado pelo Dan.

 

- Ele vai ficar feliz. Acho que são presentes muito legais para um fã ardoroso.

 

- Eu até pensei em apresentá-lo ao Dan, mas acredito que seria inviável trazê-lo para Nova York e depois...

 

- Kristen, você está muito bem informada sobre o que o Daniel anda... – Ela arregalou os olhos, abrindo a boca, enquanto eu fechava o notebook, deixando-o de lado e puxando-a para meus braços para começar uma nova brincadeira.

 

Não houve um minuto durante o tempo em que ficamos presos no hotel que a Kristen voltasse a chorar ou mesmo lembrasse a garota sensível que eu busquei na casa da Jodie. Ela estava forte novamente, agora poderíamos conversar sobre como vamos lidar com toda essa merda de paparazzi, mídia, fofocas, Facebook, Twiter, Instagram, revistas sensacionalista e sites de recalcados gordos que não têm vida própria e tomam conta da dos outros, inventando mentiras se for preciso, unicamente pelo prazer de infernizar quem tenta viver em paz.

 

- Do que está rindo?

 

– Quando fui buscar o Max para passar o dia com a gente pensei que se caísse não sentiria nada pela quantidade de roupas que estava usando e agora estamos exatamente como ele. – Kristen revirou os olhos fechando o casaco marrom.

 

Mesmo estando incrivelmente frio a neve finalmente parou de cair, acredito que amanhã conseguiremos voltar para Toronto e de lá para L.A.

 

O prédio estava completamente decorado para o natal, luzes, meias, árvores e ursinhos brancos de pelúcia com roupas vermelhas. Do lado de fora bonecos de neve, trenós, renas e Papais Noel.

 

Eu e Kristen caminhamos em direção ao rio que havia atrás do hotel, cuja margem a propósito estava cheia de neve. Passamos por umas ruinas de pedra, cruzamos uma ponte de madeira e, como indicado pelo funcionário, havia uma espécie de coreto de madeira ao lado da cachoeira. Era um cenário lindo e calmo. Perfeito.

 

Sentei-me no banco de madeira dentro do coreto e a trouxe para meu colo, abraçando-a tentando aquecê-la.

 

- Precisamos conversar. – Tentei ser o mais doce e calmo possível. O assunto me dava calafrios, mas precisávamos decidir o que fazer.

Kristen respirou fundo, encostando sua cabeça no meu ombro, apertando meu braço, sem me olhar.

 

- Como vamos fazer isso dar certo Rob?

 

- Eu esperava que você tivesse alguma sugestão. Estava pensando seriamente em comprar uma casa por aqui, mas acho que seriamos expulsos pelos moradores por acabar com o sossego deles.

 

- É, acho que não seriamos bem vindos. – Beijei sua cabeça. Feliz por perceber que ela não ficou tão chateada quanto imaginei.

 

- Eu quero ficar com você. Essa é minha única certeza. Não vou permitir que ninguém se coloque entre nós. Não me importa o que tenha que fazer, é ao seu lado que quero estar dia após dia.

 

- Eu quero a mesma coisa. Fiquei louca por não conseguirmos ficar juntos. Por não termos paz no set. Nunca foi assim antes, pelo menos enquanto filmávamos podíamos ficar juntos sem que a equipe se voltasse contra nós.

 

- Eu sei. Era mais fácil antigamente. – Ficamos em silêncio ouvindo o barulho da água caindo, meus beijos em sua cabeça, suas mãos nas minhas.

 

- E se os ignorarmos? Ficamos juntos e não damos nenhuma satisfação. Não precisamos fazer nenhuma declaração, nunca fizemos isso. Eles que pensem o que quiserem.

 

- Podemos morar juntos? – Kristen finalmente se virou na minha direção com o sorriso mais lindo.

 

- Pensei que nunca mais iria me perguntar.

 

- Achei que diria não.

 

- Bobo. – Ela me beijou, apertando minha nuca e puxando meus cabelos. – Podemos procurar um lugar novo, assim será mais fácil por algum tempo. Um condomínio fechado, no alto da montanha, com acesso mais difícil para eles.

 

- Não vamos dizer nada, continuaremos saindo sozinhos ou com nossos amigos, evitaremos sair juntos, não queremos dar nossa vida de bandeja para esses idiotas e em casa seremos apenas nós dois, como sempre fomos. Está decidido?

 

- Acho que sim. Espero que dê certo dessa vez.

 

- E no set? O que acha que devemos fazer?

 

- Não ter paz no set me deixa furiosa. Deveria ser um dos lugares onde não nos preocuparíamos com esse tipo de coisa. Onde poderíamos ser nós mesmos e... Espera aí... Rob, por acaso há alguma loura na produção? Por que eu não consigo me lembrar disso? – Juro que gargalhei, mais de nervoso do que de qualquer outra coisa. Estamos discutindo uma coisa séria e a Kristen resolve ter uma crise de ciúmes? Fala sério.

 

- Eu realmente nunca reparei se há ou não alguma loura na produção. Meu negócio foi usar minha imagem para arrecadar fundos e conseguir vender o filme. Depois chamei a Jodie e, junto com o estúdio, veio toda o pessoal de direção, produção, maquiagem, figurino, som e tudo mais, eu não faço ideia ou conheço cada um dos membros da equipe. – Kristen olhava realmente dentro dos meus olhos, séria, procurando sei lá o que. – Por que, baby, por acaso está com ciúmes? – Tentei seduzi-la, murmurando em seu ouvido, beijando delicadamente seu pescoço. – Você não está dando ouvidos a fofocas agora, está? – Sua respiração estava tão descompassada quanto a minha.

- Não. – Isso mais do que uma resposta foi um gemido. – Só que não havíamos falado sobre o assunto.

 

- Kristen, não quero falar sobre cada merda que sair sobre a gente. Não me interessa quantas namoradas falsas eu tive, ou quantos casos você teve. Muito menos como vou te pedir em casamento, como vamos casar secretamente em uma ilha paradisíaca do Caribe e tampouco quantas vezes você vai ficar grávida, nem quantas vezes vamos terminar com traições, choro e bebedeira. Nunca foi verdade. Nunca ligamos para essas merdas. Não vamos começar, não agora.

 

- E se não funcionar?

 

- Encontraremos uma forma de fazer funcionar. Eu não vou abrir mão de você.

 

- Eu não consigo mais viver sem você Rob. – Sorri apertando-a em meus braços, sentindo seu cheiro viciante me dominar.

 

- Nem eu sem você baby. Eu te amo muito para sequer imaginar minha vida longe de você.

 

- Eu te amo Rob. Dói muito imaginar que algo pode dar errado e...

 

- Nada vai dar errado Kristen, estamos juntos, você é minha, eu sou seu. E continuaremos juntos não importa o quanto as pessoas tentem nos separar.

 

Era uma hora da manhã quando deixamos o hotel junto com o Bear, a Bernie e a Baily em direção ao aeroporto internacional de Toronto. Nick havia alugado um jatinho e o John estaria em Los Angeles para nos buscar. Graças ao fuso horário chegaríamos às três da manhã e seria mais fácil fugir do assédio e chegar em segurança na casa da Kristen.

 

 

SPOILER

 

 

 

- Nós estamos abusando da sorte. Eu tenho certeza que no final da noite teremos várias fotos nossas em todos os sites de fofoca.

 

- Porque está dizendo isso Rob? Ninguém nem olhou pra nossa cara.

 

- Olha a quantidade de carro que tem aqui?

 

- Não sei porque você está espantado, olha aquilo ali, isso sim é... – Apontei na direção de um carro que estava estacionado.

 

O Rob encostou o carro, tirou os olhos da frente e voltou para mim e novamente para a cena adiante, sorrindo malicioso.

 

- Posso buzinar?

 

- Não. – Quase gritei horrorizada.