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Homecoming of Soul

 

Como foi o final de semana de vocês? O meu foi maravilhoso. Encontrei varios amigos no domingo, trocamos presentes e nem demonstramos todo o nosso lado deliquente. Explico, havia uma brincadeira onde era prmitido roubar o presente do outro até que todos tivessem exatamente o que queriam, e fora uma briga pelo DVD de Cosmopolis, todos se comportaram como perfeitos anjinhos.

 

Voltando a fic, espero que gostem do capitulo de hoje, ele vai especiamente para  Natalia Costa, Cris Lopes, Dany Amaral, Suzana Dias, Viviane Coitinho, Vailda Barbosa, Sofia Leite, Fabiana Lustosa, Isabella Morais, Graziella Lopes, Vanessa Lima, Marcela Tavares, Roberta Tamos e Alexandra Cristina, Ana Paula, Lili Pattz, Tatiana Mendonça, Aninha Jeremias, Marla Costa e Cecilia Nunes. Não há como agradecer o carinho que tem por mim. Muito obrigada parece sempre tão pouco.

 

 

FERIADO

ROB

 

A sala de jantar ficava ao lado da cozinha havia uma mesa e cadeiras de madeira, lustre de cristal, janelas de vidro voltadas para o jardim que a essa altura começava a ficar branco devido à neve.

 

Ao meu lado estava Kristen e ao dela Charles, em frente a ele Kit, o caçula da família, Jodie completando com Alexandra a namorada da nossa diretora.

 

Uma oração foi feita e o sorriso orgulhoso de todos para Kristen que havia feito um lindo trabalho na cozinha não poderia ser maior. Eu tive vontade de beijá-la e dizer que estava incrível, mas tudo que podia fazer era respirar fundo e abrir mais uma garrafa de vinho.

 

- Está realmente lindo Kristen, eu nunca poderia imaginar quando te conheci que você se tornaria uma cozinheira tão boa.

 

- Naquela época eu não parecia boa em nada, exceto no uso do estilingue.

 

Durante todo o jantar conversamos agradavelmente, falando de qualquer assunto, menos de trabalho eu queria segurar sua mão na minha, tentando avaliar se seria algo que deveria fazer.

 

Jodie parecia tão carinhosa tocando Alexandra discretamente.  Era interessante a forma como dividiam e compartilhavam as pequenas coisas, os pequenos gestos. Em momento algum me senti invadindo a privacidade delas.  Estarem juntas era algo natural. Isso me fazia pensar porque parecia antinatural eu e Kristen juntos.

 

- Quando vocês voltaram? – Kristen paralisou com sua torta a caminho da boca, e eu com a taça de vinho, nós nos olhamos e depois encaramos Jodie que parecia realmente uma sábia mãe observando os filhos que acreditavam estar escondendo perfeitamente bem uma mentira. – Não tentem me enganar. Se não querem falar tudo bem, não posso obrigá-los, mas só pra vocês saberem, terão que atuar melhor se não quiserem que os outros percebam. – De repente Kristen começou a tossir e eu a sorrir, os meninos a gargalhar, enquanto as duas mulheres diante de mim nos olhavam.

 

- Ah, pelo amor de Deus, eles realmente acreditaram que estavam nos enganando? – Gargalhei, com o que Alexandra disse, colocando a mão na cadeira da Kristen que me olhava sem saber o que dizer.

 

- Eu realmente não sei se planejamos esconder alguma coisa. – Olhei para Kristen pedindo sua autorização pra falar. – Para ser sincero nem sei o que planejamos.

 

- Sabem que não concordo com o circo que montaram com a vida de vocês no passado e pelo que pude perceber ainda há pessoas curiosas, por isso acho melhor vocês terem um plano e que ele seja mais eficiente dessa vez.

 

- Eu não gostaria que a nossas vidas virasse motivo de fofoca. Não entendo o que existe de tão especial em nós dois para criarem toda essa balbúrdia.

 

- Kristen, vocês dois são lindos, bem sucedidos, apaixonados, e se conheceram em um filme que é quase um conto de fadas. Muita gente confunde a realidade com a ficção e veem em vocês os vampiros que interpretaram. – Abri e fechei a boca para responder, assim como Kristen, mas nos calamos, sabendo que era a mais pura realidade. – E nada na postura de vocês parece melhorar as coisas. Se você fosse um ogro e ela uma porra louca, talvez algumas pessoas se desiludissem, mas ambos são gentis, amorosos, carinhosos e educados. O que colabora para que o fanatismo dessas pessoas aumente.

 

- O que você sugere?

 

- Que decidam o que querem. Não conseguirão se esconder para sempre. Acreditem eu sei do que estou falando. Não estou dizendo para dar nada à mídia, óbvio que não. Concordo com o fato de vocês desejarem privacidade, o que está cada vez mais difícil em Hollywood, porém tenham em mente a intenção em sair do armário. Ser vocês mesmos sem se preocupar com os outros.

 

- Tentamos algumas vezes, sair como um casal normal, os paparazzi estavam sempre lá, a postos para nos fotografar...

 

- Você já conversou com o seu amigo Brad Pitt? – Olhei espantado na direção da Jodie. – Talvez só ele e a Angelina saibam o que estão passando. Ainda mais com a quantidade de crianças que têm em casa. Não deve ser fácil para eles também e há algum tempo não vemos mais os paparazzi seguindo cada passo deles. Pode ser que tenham encontrado um meio termo entre sua privacidade e a convivência com a mídia.

 

- Eu conversei com ele, e com outras pessoas também, infelizmente sempre teremos que dar alguma coisa à mídia. Nós somos atores não celebridades, o que deveria ser notícia são nossos filmes, não nossas vidas.

 

Essa era uma conversa que não nos levaria a lugar nenhum. Já falei sobre isso antes com outros atores e diretores. Parece que todos em Hollywood vivem numa eterna corda bamba, se equilibrando entre ter uma vida pessoal privada e uma pública completamente diferente na frente das câmeras em alguma première ou festival.

 

Respirei fundo, desolado, deixando o ar sair dos meus pulmões, enquanto bebia um generoso gole de vinho encarando a Jodie.

 

- Não é fácil ser quem somos Rob. Não é fácil ter um namorado ou namorada do meio ou com um profissão completamente diferente. Não é fácil gostar de alguém do mesmo sexo, ser mãe solteira e diretora em um mundo ainda tão machista. Muito menos ser atriz mirim e crescer na frente das câmeras, ser filho de atores, ganhar um Oscar. Qualquer coisa no nosso mundo é diferente, e ao mesmo tempo comum.  Tudo causa estranheza num universo tão observado e invejado. As pessoas que não pertencem ao meio acreditam que vivemos um conto de fadas, nos confundem com os atores da época de ouro de Hollywood. Pensam que as mulheres estão sempre penteadas para irem a uma premiação. Ou que os homens são eternos galãs com seu irresistível charme. A realidade é bem diferente, temos problemas, dias bons e ruins, vamos ao banheiro, ficamos de mau humor e TPM, acordamos descabelados e muitas vezes temos olheiras e acne. A questão é como conviver com quem somos? Em quem podemos confiar?

 

- Nunca perguntei isso a ninguém, mas o que você acha que deveríamos fazer Jodie? – Olhei para Kristen, finalmente beijando sua mão como tive vontade de fazer durante toda noite, sem precisar nos esconder, nem ter medo de revelar o que sentimos um pelo outro.

 

- Eu não sei se sou a pessoa mais indicada para dar conselhos a ninguém, muito menos a vocês que já passaram por tanta coisa. Só posso dizer que não deixe de viver seu amor por causa dos outros, não recue e nem dê a eles mais importância do que merecem. Eles não podem ter tanto poder assim sobre a vida de vocês. Um dia vão querer dar um passo adiante ou ter filhos e como vão fazer? Vocês precisarão decidir qual rumo darão a sua vida e assumir. Talvez seja essa a questão mais importante, qual tipo de relacionamento vocês querem manter?

 

Terminamos o jantar ainda conversando, eu estava particularmente pensativo. Pelo menos eu pude estar ao lado dela sem me importar em ser fotografado ou criticado. Sem que fosse um pecado mortal estar ao lado da mulher que sempre amei, segurando sua mão e me divertindo na companhia de pessoas queridas. Pela primeira vez desde que voltamos estávamos relaxados na frente de outras pessoas e acho que até minha postura física mudou porque eu realmente passei a respirar bem melhor.

 

Quando fomos para a sala de estar de móveis e paredes claras, com uma lareira que aquecia o ambiente, observei o piano de cauda de frente para a janela. Sorri e me sentei.

 

Tenho uma espécie de atração por pianos. Não consigo ver um e não me aproximar e, se possível, dedilhar alguma coisa. Foi o que fiz. Toquei a primeira canção que veio a minha mente. Uma música que fiz para Kristen na época que estávamos juntos, declarando meu amor a ela. Ao terminar me virei e vi três mulheres chorando, a única que me interessava estava fazendo um biquinho. O mais doce e adorável que me fazia ficar ainda mais encantado por ela.

 

- Nós poderíamos colocar no filme uma cena em que você toca, o que acha? Quer tocar essa música?

 

- Essa música tem uma história? Ela é linda! – Olhei da Jodie para a Alexandra e finalmente para ela.

 

- Já toquei piano como Edward Cullen, é melhor não Jodie. E essa música é uma declaração de amor. – Não iria dizer nada além disso, era nosso, intimo demais, porém a forma como olhei para Kristen dizia muito mais do que jamais conseguiria colocar em palavras.

 

Levantei do piano e me sentei ao lado dela, beijando seu rosto, sua mão, fazendo e recebendo carinho simplesmente sendo parte de um casal que quer estar junto e viver sua história de amor, como tantos outros que existem pelo mundo.

 

Já era tarde quando voltamos para casa. Não foi tão ruim quanto eu imaginei. Pelo contrário, foi divertido e leve. Poderia ser sempre assim, natural e simples como essa noite.

 

Kristen dormia completamente nua nos meus braços depois de nos amarmos. Eu quero cada vez mais dela, ainda temos muitas superfícies planas nessa casa para batizarmos. Meus lábios estavam em seu cabelo, depositando beijos calmos, enquanto sentia sua respiração tranquila fazer cócegas leves em meu peito, e me deixava levar, tentando encontrar uma forma de vivermos nosso amor sem nos escondermos, nem fingirmos que não estamos juntos.

 

Passamos uma sexta-feira maravilhosa, fizemos amor quando acordamos, tomamos café da manhã, passeamos com a Bailey, a Bernie e o Bear, brincamos na grama molhada do quintal, rindo das peripécias dos três, almoçamos tarde em um restaurante próximo da casa, lemos o roteiro, pedimos comida japonesa para o jantar, nos amamos novamente, dessa vez no escritório, e dormimos, nos braços um do outro.

 

Eu realmente estou adorando viver, nessa cidade pequena, trabalhando de novo com a Kristen e amando-a mais do que nunca. É quase como um sonho, onde podemos ser nós mesmos, sem medo de pôr a cara pra fora e ser fotografados, ou de um acidente de carro ao sermos perseguidos por paparazzi malucos disparando flashes em nossos rostos.

 

No sábado eu tive que voltar para Toronto. Não tinha nenhuma roupa, nem cuecas. Precisava pegar algumas coisas e repor o vinho que levamos para a casa de Jodie e que não constava do contrato de locação.

 

Chamei um taxi, pedi para pararmos em uma delicatessen, comprei o vinho, fui ao hotel, fiz uma mala com coisas suficientes para uma longa estadia, avisei que estaria fora por um tempo e pedi que mantivessem sigilo sobre isso. Então tive uma ideia.

 

Liguei para uma das produtoras, pedindo para que o senhor que dirigia o carro da equipe e me lembrava meu pai viesse me buscar.

 

- Obrigado por me buscar Ludovick. – Esse é o nome do senhor com jeito bondoso. – Você pode, por favor, passar na casa do Max?

 

- Sem dúvida senhor Pattinson.

 

- Rob, por favor. – Ele continuava insistindo em me chamar de senhor Pattinson.

 

- Estou aqui para servir e...

 

- Eu insisto, e você me parece uma pessoa legal, por favor. – Ele me olhou um pouco ressabiado, mas sorriu gentilmente.

 

Quando chegamos à casa do Max, pedi que interfonassem e fui recebido por ele e sua mãe, uma ruiva de cabelos nos ombros, altura mediana e um pouco gordinha, que me olhava de cima a baixo, possivelmente decepcionada.

 

- Olá, meu nome é Robert Pattinson, sou colega de trabalho do seu filho. – Como se ela não soubesse. – Serei uma espécie de pai para ele na trama. A Jodie recomendou que saíssemos juntos para nos conhecermos melhor, termos intimidade em cena e todas essas coisas de atores e gostaria de pedir sua permissão para passarmos o dia juntos, se ele não tiver planos melhores e se não for incomodar, é claro. À noite o Ludovick, nosso motorista o trará de volta. – Tentei fazer minha melhor cara de homem de família responsável, mesmo sem entender que tipo de mãe confiaria seu filho a mim.

 

Enquanto ela continuava me olhando vi o Max puxar sua blusa, chamando sua atenção e fazendo com que se abaixasse na altura dele.

 

- O Rob é legal, mãe. – Ouvi seu cochicho me segurando para não rir. – E você-sabe-quem não matou ele de verdade, era tudo interpretação. – Ele forçou a respiração, para tentar falar as palavras direito. A mãe fez que entendeu o que o Max estava dizendo, mas não sei se ela faz ideia de quem é o tal-que-não-pode-ser-nomeado.

 

- Ok, ligue avisando quando chegar ou se precisar de qualquer coisa, pegue na mão do senhor Pattinson para atravessar a rua, caso saiam de casa, não saia de perto dele, nem se meta em encrencas, seja educado, não me mate de vergonha e obedeça a ele. Você consegue fazer isso tudo, filho? – O Max afirmou e ela segurou em sua mão, levando-o por um corredor, mandando que fosse se arrumar, pentear, escovar os dentes e cabelos e todas aquelas coisas que toda mãe recomenda, enquanto eu me sentava no sofá preto da sala deles. Quando voltaram faltava mais uma coisa, é claro. – Max, esqueceu esse casaco. – Sorri, porque se o menino caísse, não sentiria absolutamente nada, tamanha a quantidade de roupas que estava usando, além de um gorro, protetores de orelhas e luvas.

 

- Qualquer coisa me avise, por favor. – Afirmei sorrindo tentando parecer confiante, lembrando-me da minha própria mãe quando eu era criança.

 

- Está pronto? – Max afirmou sorrindo segurando minha mão ao entrar no elevador. Seria estranho em outra época, sair com uma criança, mas ele falava sem parar, perguntando sobre varinhas mágicas, bruxos e poções. Definitivamente essa criança é muito fã do Harry Potter.

Entrei no carro, prendi o cinto de segurança nele, guardei sua mochila no porta-malas e pedi ao Ludovick para nos levar para a casa da Kristen. Ele pareceu não estranhar o meu pedido.

 

- Ludovick posso confiar em você? – Me senti um idiota fazendo essa pergunta, vendo seu olhar pelo retrovisor. – Você pode me buscar na casa da Kristen durante as gravações sem comentar nada com ninguém, nem despertar a atenção... – Seu sorriso se abriu, complacente, cúmplice, generoso.

 

- Sem problemas rapaz. É para buscá-la também?

 

- Podemos combinar isso. Você também vai buscar a Jodie e o Ralph?

 

- Na verdade minha responsabilidade seria buscar você e o Max, mas posso pedir para trocar.

 

- Vamos ver como podemos esquematiza isso. Vou conversar com a Jodie. Por hoje, preciso que você leve o Max de volta pra casa à noite.

 

- É só me ligar. – Eu senti que podia confiar no Ludovick como um velho amigo, ele nos ajudaria no que fosse possível.

 

- Preparado? – Perguntei a um sorridente e empolgado Max, que afirmou assim que desceu do carro.

 

- Kristen, tenho uma surpresa! – Falei assim que abri a porta, sendo interrompido pelos latidos da Bernie, Bailey e do Bear que o assustaram fazendo-o se esconder atrás de mim puxando meu casaco, quando me abaixei para falar com eles o Max se acalmou, mesmo ainda me olhando de esguelha.

 

- Oh... Max? – O sorriso da Kristen se abriu como em manhã de natal ao ver o menino, assim como seus braços. Levantei minha sobrancelha. Ele não tem noção da sorte que tem.

 

- Ele vai passar o dia com a gente. – Sorri tocando sua cintura abraçando-a e sendo interrompido quando minha vontade era beijá-la. Vi seu olhar na direção do Max e entendi rapidamente que seria um longo dia de beijos roubados.

 

Já era quase onze horas da manhã, quando resolvemos passear com a Bailey, Bernie e o Bear em um parque que fica nos fundos da casa. Foi divertido ver como o Max já interagia livremente com os cachorros, jogando brinquedos para que pegassem, caindo na grama molhada, comprovando minha teoria de que não sentia absolutamente nada.

 

O sorriso e a descontração nos acompanharam o tempo todo. Corremos atrás uns dos outros, rolamos na grama, eu os pegava nos braços rodando e devolvendo ao chão, sentindo as patas dos meus bebês me sujando.

 

Estávamos cansados, sujos e famintos quando voltamos para casa. Kristen segurava minha mão e a do Max, enquanto eu levava Bear, Bailey e Bernie presos na coleira.

 

- A mãe dele nunca mais vai deixá-lo chegar perto de nós. Olha só o estado do menino e nem tem duas horas que ele chegou.

 

- Algo me diz que ela estava prevendo isso, porque mandou uma mochila, junto com ele. – A primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi perguntar e checar o que ele havia trazido e, bingo, roupas limpas, estavam esperando para serem sujadas.

 

Ajudei-o no banho, esperando pacientemente, enquanto Kristen preparava hambúrguer para o almoço. Quando ele terminou sentamo-nos à mesa de vidro do café da manhã de frente para uma lareira e as janelas que davam para o jardim dos fundos. Fomos premiados com um verdadeiro banquete infantil, onde havia também batata frita, Coca-Cola e para sobremesa bolo de chocolate.

 

Kristen se lembrou de partir os pedaços de carne para ele e ajudá-lo durante o almoço, eu me sentia tão feliz por participar de tudo isso, brincando e sorrindo com os dois.

 

Finalmente eu pude apreciar a parte de baixo da casa, uma sala de TV com piso carpetado, sofás de couro, equipamento de home theater, uma mesa de bilhar e a adega que fica ao lado da escada e que havia sido a única coisa que conheci.

 

Passamos a tarde nesse espaço. Eu e Max jogamos vídeo game no meu notebook e eu perdi, obviamente. Depois, não sei como Kristen achou um DVD de Harry Potter. Jesus, os olhos da criança brilharam. Ela sentou ao meu lado e ele no chão, apoiado em almofadas.

 

Entre uma cena e outra conseguia roubar alguns beijos da Kristen e a mantive todo o tempo em meus braços. Max parecia nos ignorar, até que uma cena de quadribol apareceu e ele me encheu de perguntas sobre voar em vassouras e lançar feitiços com varinhas, para divertimento de Kristen que ria descaradamente da minha cara. Felizmente consegui me desvencilhar das perguntas.

 

O filme já terminava quando Kristen se levantou e voltou trazendo bolo para nós. Quando Max terminou de comer, algo inesperado aconteceu. Ele se aproximou de Kristen, abrindo seus braços e se encaixando nos dela, deitando e adormecendo. Ela passava sua mão na franja dele, tão carinhosa e maternal. E eu me perguntei como pude perder isso? O que andei fazendo que não a vi amadurecer? Porque estive ausente quando esses hormônios femininos pareciam fazer desabrochar seu instinto materno?

 

Respirei fundo, tentando me conscientizar de que agora estou aqui. Por ela e, principalmente, por mim.

 

Desliguei o filme e o peguei do colo dela, levando-o para seu quarto. Kristen tirou os sapatos dele e nos deitamos, de conchinha, observando o sono tranquilo do Max.

 

 - Você quer um? – Senti seu sorriso e o beijo em meu braço.

 

- Só se você ainda quiser.

 

 

SPOILER

 

 

 

Eu parecia uma perfeita idiota, sentada na sala clara, em frente a lareira da Jodie, sendo observada por ela e Alexandra, como se fosse uma bomba relógio prestes a explodir. Chorando e sorrindo ao lembrar do dia de ação de graças quando o Rob tocou piano, dizendo só pra mim que ainda me ama, assim como eu a ele.

 

Me assustei, quando vi um farol se apagar e um carro parar na entrada da casa. Senti um frio tremendo em pensar que poderia ser algum paparazzi que havia me descoberto e me encolhi, segurando minhas pernas. Elas se viraram e olharam através da janela.

 

- Eu vou ver, e expulso quem quer se seja. – Alexandra foi até a porta, Jodie fechou a janela e sentou ao meu lado.

 

 

O spoiler foi curtinho dessa vez, não é? Tem uma razão. Uma palavra a mais e acabava com toda a minha surpresa. Sim, temos muitas coisas acontecendo no proximo capitulo. Algumas mudanças, outras nem tanto, enfim, qual a opinião de vocês para o que está por vir? Adoraria saber e brincarmos de Alice. Para isso poderiam me dizer no FACEBOOK, o que acham? Prometo dizer se está frio ou quente, assim todas teremos uma boa noção do que pode ou não etar por vir.

 

E para quem quiser me dizer o que está achando da fic eu também adoro ouvir.

 

Sexta-feira nos encontramos novamente? Espero sinceramente que sim.

 

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