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Homecoming of Soul

Então, eu sei que deixei vocês sem noticias por muito tempo, não era minha intenção. Realmente foi motivo de força maior. Eu estou doente, com algo que ainda não sei o que é, mas como estou me sentindo melhor vim postar o novo capitulo. Peço desculpas pela ausencia e por tudo mais, não gosto de não postar e de deixar a historia pela metade, mas foi muito mais forte do que eu.

Só que agora temos um novo capitulo e vamos ficar felizes.

Espero que gostem.

MOMENTOS

 

 

KRISTEN

 

 

Porra. Se não tivesse esquecido a merda do passaporte em casa não colocaria a cara pra fora.

 

- Kristen você e o Rob voltaram? O que você sentiu quando o viu pegando outra? Você está tendo um caso com o Ralph? Ele está aí com você? Você vai traí-lo assim como traiu o Rob? – Filhos da mãe.

 

Meu dedo do meio já estava de pé, antes mesmo que me desse conta.

 

Respirei fundo ao entrar no carro, lembrando do meu bebê. Passando a mão na minha barriga. Tentando me acalmar. Não faço ideia do que será quando descobrirem dele, quando descobrirem que eu e o Rob estamos juntos novamente e muito menos se sonharem que vamos casar. Preciso de paz e discrição para terminar esse filme. Depois vamos ver como será.

 

- Você está bem? – Meu pai parecia preocupado quando parou o carro no sinal.

 

- Estou com raiva. Não posso ter uma vida normal e estar com meu namorado? Já imaginou se sonham que eu e o Rob voltamos? Aquele inferno vai voltar pai. Não quero viver daquela forma...

 

- Então façam escolhas diferentes. Você e ele tem o direito de viverem em paz Kristen, só precisam aprender como viver com esses monstros. Infelizmente eles fazem parte do circo.

 

Só então me dei conta do anel em meu dedo. Baixei o olho imediatamente, e como por milagre o diamante estava voltado para o interior da minha mão, respirei sentindo o alivio se espalhar por meu corpo.

 

Finalmente estaria voltando para os braços do Rob. Bear, Bernie e Baily estariam com a minha mãe, as malas foram levadas para a garagem e só então postas no carro do meu pai, mas não avistamos nenhum paparazzi na rua nesse momento.

 

Eu dormi depois de falar com o Rob, e conversamos sobre as fotos do dia anterior. Ele estava preocupado comigo e com o bebê e a minha reação enfurecida. Acho que pode ser os hormônios da gravidez que me fizeram reagir além do normal. Mesmo já tendo feito aquele gesto milhões de outras vezes.

 

Pouco antes das cinco e meia da manhã acordei para ir para o aeroporto. Cameron me levou e entrei rapidamente na sala reservada. Havia conseguido mais uma vez passar despercebida. Também o voo saia as seis e meia da manhã e é meio difícil de ter algum paparazzi de plantão a essa hora.

 

Me levantei incontáveis vezes para ir ao banheiro, não consegui ler o livro que tinha levado, mas consegui dormir e comer algumas vezes. Tentei ouvir música, jogar, ler o roteiro do filme do Bill, mesmo sabendo que não posso filmar agora e não chegávamos nunca em Londres. Esse piloto só pode ter errado o caminho ou entrado no Triangulo das Bermudas. Levou uma eternidade para ver o sinal de que deveríamos apertar os cintos. Finalmente na terra da rainha, na terra do Rob.

 

Levei instintivamente minha mão a barriga, para proteger o bebê do aperto do cinto.

 

- Você está na terra do papai bebê. – Falei baixinho sorrindo da forma boba como passei a conversar com meu filho desde que o Rob viajou.

 

Cruzei rápido o aeroporto, sem me deter ou ser incomodada, indo para o lugar onde sempre o encontrava.

 

Parado, encostado no capô do carro do pai, as pernas cruzadas, o capuz do moletom preto cobrindo a cabeça baixa, os braços cruzados no peito. Lindo, sexy...

 

Meu peito tremeu e não foi pelo frio insuportável que fazia, mas de desejo, de vontade do Rob.

 

Corri para seus braços da forma que podia, puxando minha mala, apertando-o contra mim, envolvendo-o em um beijo cheio de promessa e desejo.

 

- Estava com tantas saudades, baby.

 

- Eu estava ainda mais. – Nos olhamos por um tempo sem dizer nada. – Precisamos ir para casa Rob. – Sua sobrancelha se arqueou e ele mordeu o lábio inferior. – Eu preciso de você. – O aperto que senti dos seus braços em volta do meu corpo me dizia que ele me queria da mesma forma, com a mesma urgência.

 

Chegamos em casa no meio da madrugada, sem fazer barulho. Rob levou minhas malas para seu quarto e a noite foi pequena para nossa saudade. Nunca tenha ele o suficiente.

 

- Você está bem? – Meus lábios estavam abertos em um sorriso que eu não conseguia parar ou evitar, enquanto olhava para o teto, acariciando o cabelo do Rob, que estava deitado sob o meu peito.

 

- Estou mais do que bem sweet. Precisamos resolver o que vamos fazer no próximo natal, porque tenho certeza que não vou passar longe de você. – Ele sorriu se deitando ao meu lado, me puxando para seus braços.

 

- Eu não vou perder por nada o primeiro natal do nosso bebê, mesmo que ele não entenda o que está acontecendo. Podemos vir para cá antes, ficar com meus pais e nossos amigos, comemorar o aniversário do Tom e voltamos para L.A. Ter uma arvore, presentes e tudo mais, em nossa propria casa. - Parecia tão lindo e simples o futuro que o Rob estava narrando.

 

Adormecemos nos braços um do outro. Acordei cedo, passando mal, não sei o que estava acontecendo. Passei o dia anterior bem, mesmo dentro do avião, não enjoei, mas agora parece que tudo veio à tona.

 

- Comprei limões antes de ir te buscar. – Rob me entregou uma cesta da fruta e só de olhar para elas minha boca encheu de agua. Ele pegou uma faca cortou e eu chupei imediatamente vendo sua careta na minha frente. – Melhor?

 

- Melhor, mas com sono.

 

- Vem aqui, vem? – Deitamos de conchinha, a mão dele em minha barriga, protetor, cuidadoso. – Como você disfarçou para sua mãe, quando passou mal?

 

- Quando eu aparecia na cozinha já havia posto tudo pra fora como agora e quando ela me via eu estava com fome e em seguida arrumava uma desculpa para ler alguma coisa, e se passasse mal já estava perto do banheiro e longe dos olhos dela.

 

- Hum, acho que vamos passar dois incríveis dias aqui no quarto.

 

- Quem vai conosco para a ilha?

 

- Não chamei ninguém.

 

- Então podemos ir o mais rápido?

 

- Durma primeiro, quando acordar temos que ver várias coisas para nosso casamento. – arregalei os olhos, mas bocejei logo em seguida, para o divertimento do Rob.

 

Quando acordei ele não estava ao meu lado, era tarde. Hora do almoço. Desci um pouco tímida e encontrei Richard, Claire e o Rob na mesa da cozinha.

 

- Querida, que saudades, quanto tempo. – Fui abraçada por Claire e depois pelo Richard.

 

- Fico feliz que esteja de volta a nossa casa Kristen. Está com fome?

 

- Muita. – Sentei ao lado do Rob que beijou minha mão, e me olhava bobo de tempos em tempos. Em casa ele era tão relaxado, ainda mais do que o que as pessoas conheciam, tão mimado e querido. Era tão fácil entender porque ele é o que é, estando aqui em Londres.

 

- Ninguém esperou por mim? – Lizzie fazia um bico, o Rob e eu riamos e os pais deles reviravam os olhos. – Oi Kristen, fez boa viajem? – Porque ela está me olhando desse jeito? Tentei entender olhando o Rob, mas ele desviou meu olhar. Aí tem.

 

- O que eu perdi? – Perguntei sentando entre o Rob e a Lizzie depois do almoço.

 

- Meu irmão só me deu 2 dias para ter ideias e por incrível que pareça tenho muitas. – Voltei a olhar para o Rob, mas ele me beijou como se nada tivesse acontecendo. – Parem de se beijar. – Uma gargalhada foi a resposta dele. – Precisamos definir uma data, um local, convidados madrinha, padrinho, a decoração, as roupas, buffet, as músicas, isso é importantíssimo e vocês se agarrando... E nem pensem em me mostrar esses dedinhos de vocês. Falar em dedo... – O meu foi puxado e tive que largar o Rob, que olhou feio para a irmã. – Deixa eu ver? É lindo. Adorei a escolha irmãozinho.

 

- Em dois dias você pensou tudo isso sobre um casamento?

 

- Isso e muito mais...

 

- Eu pensei que temos esse filme pra gravar e não vai dar para viajarmos ou qualquer outra coisa. Então podemos preparar o que for possível, voltar para o Canadá, filmar e aí sim nos casamos. O que acha?

 

- Mais dois meses? – Estava fazendo as contas de quantos meses estaria quando as filmagens terminassem e o possível tamanho da minha barriga. Não queria me casar nitidamente gravida.

 

- Podemos conversar sobre uma data em outro momento? – Olhei para o Rob que apenas acenou. – Eu não faço ideia de quem convidar. Queria só nossos pais, irmãos e aqueles amigos de sempre. E adorei que você esteja nos ajudando Lizzie.

 

- Não sou a única, tem ainda o Tom e o papai...

 

- Mais alguém Rob?

 

- Foi involuntário. Eu estava pesquisando e o papai descobriu, o Tom chegou na hora e quando estava explicando ela ouviu. Não tive culpa. – Sua cara era das mais descaradas e sem culpa que eu já vi. Era impossível não rir com ele quando não se sentia nem um pouco culpado como agora.

 

- Onde vamos casar?

 

- Onde quiser, mas eu descobri que podemos casar aqui na Inglaterra, desde que você fique antes 15 dias no país e como não é católica não precisamos de proclamas, apenas de uma autorização do padre, assim ninguém precisa saber que vamos casar. – Olhei para ele sem entender nada. – Temos que ir a um advogado para que ele faça um documento dizendo que somos solteiros, eu tenho que falar com o padre e ele fará o documento que assinaremos depois que estivermos casados.

 

Pela primeira vez senti realmente uma pontinha de esperança de que conseguiríamos pertencer oficialmente um ao outro sem que tivéssemos que vender nossas almas para isso.

 

Eu o abracei beijando-o em agradecimento, por ser tão incrivelmente dedicado, por pensar sempre em nós e encontrar as soluções para que estejamos juntos, e principalmente por não desistir de tentar.

 

O resto do dia conversamos com a Lizzie e depois com o Tom que chegou com a Marlowe e o sobrinho. Meu instinto maternal estava em completa efervescência ao lado das crianças e o Rob parecia me entender perfeitamente a cada vez que nossos olhos se cruzavam.

 

Fomos a um pub e eu bebi agua e suco. Nada de bebidas alcoólicas, alegando que estava passando um pouco mal o que não é de todo mentira. Não senti mais absolutamente nada enquanto estive na casa dos Pattinson.

 

Durante os dois que estivemos em Londres não fomos reconhecidos ou fotografados, pelo menos não saiu em nenhum lugar, e nos mantivemos atentos para isso, para sabermos o melhor momento de sairmos da cidade.

 

Acordamos cedo no dia 30 de dezembro, queríamos chegar o quanto antes e aproveitar o menor fluxo de pessoas no ferry que nos levaria de Portsmounth para a ilha e depois de mais 30 minutos finalmente chegamos no hotel.

 

Meu sonho recorrente durante o tempo em que estivemos separados foi com essa ilha. Não era um sonho ruim, muito pelo contrário, nele eu sempre estava feliz, sorrindo, andando na praia em nas falésias ao lado do Rob que segurava minha mão e parecia um menino brincando. Quando acordava e me via novamente sozinha, longe dele e sem a menor perspectiva de reencontrá-lo me sentia a pior das pessoas, sem entender porque deixei-o sair da minha vida. E inevitavelmente chorava.

 

- Porque está chorando, baby?

 

- Esse lugar é tão especial para mim Rob, estava com saudades daqui e de tudo o que passamos. De como é fácil sermos nós mesmos sem termos que nos esconder ou fingirmos.

 

- Não chore. Vou te trazer todos os anos aqui se quiser. – Sorri pela forma como ele secava minhas lagrimas e beijava meu rosto. – Podemos comprar uma casa aqui, o que acha? – Não era preciso responder, e nem essa era uma decisão que tomaríamos agora. – Quer passear? Talvez encontremos alguma coisa para nós...

 

- Como uma casa?

 

- Se não procurarmos não vamos achar. – Gargalhei e tive meu corpo apertado por seus braços, e senti a cama tocar a parte de trás das minhas pernas. E seu corpo pesar sobre o meu. Seus beijos se espalharem pelo meu corpo.

 

- Você quer procurar alguma coisa ou ficar aqui?

 

- Quem disse que não podemos encontrar alguma coisa aqui primeiro e depois continuarmos nossa procura lá fora?

 

Só conseguimos sair do hotel com vista para o mar depois de nos amarmos e tomarmos banho juntos.

 

Caminhamos tranquilamente de mãos dadas apreciando a paisagem, o mar e as pessoas sem sermos parados, incomodados ou fotografados. Eu estava morta de fome. Depois fomos a um supermercado. Estamos hospedados em uma villa com cozinha, podemos pedir serviço de quarto, mas sempre posso preparar uma ou outra coisa também.

 

- Olha. – Rob me mostrou um casal de noivos entrando pelos jardins de um hotel. Ela estava tão linda e feliz, e ele parecia tão encantado.

 

- Será que vão casar aqui?

 

- Espero que sejam felizes, assim como nós. – Sorri apertando seu braço.

 

Compramos algumas bobagens, cerveja, suco, leite, chocolate, biscoitos e meus queridos limões.

 

- Eu não queria me casar gravida. – Disse assim que passamos novamente pelo hotel onde a noiva havia entrado.

 

- Quer esperar ele nascer?

 

- Não. Não queria me casar com uma barriga enorme, parecendo gravida.

 

- Ah, entendi. Quanto tempo você acha que vai demorar para sua barriga crescer? – Parei estática, enquanto Rob deu dois passos se virando na minha direção.

 

- Não sei. Eu andei lendo o tempo que fiquei na casa da minha mãe e acho que já vai dar pra perceber alguma coisa com uns 4 meses. Depende de mulher para mulher.

 

- Então não temos tanto tempo quanto imaginei. – Rob olhou de um lado para o outro da rua, pegando na minha mão e atravessou para a calçada do hotel, entrando sem a menor cerimônia, apenas cobrindo minha cabeça com o capuz do moletom.

 

- Rob?

 

- Vem Kristen. – Ele estava segurando minha mão, como não iria? – Boa tarde, podemos olhar as instalações? – A senhora que estava a nossa frente sorriu educadamente, saindo detrás do seu balcão e nos mostrando tudo; os quartos, alguns salões, o maior deles estava acontecendo o casamento e olhamos discretamente, o jardim.

 

- Gostaram do que viram?

 

- Aqui é lindo.

 

- Sim, é um prédio de mais de 180 anos. Nosso hotel possui 4 estrelas e o serviço é um dos mais elogiados da ilha... – Ela não parava de falar. E eu me perguntava o que estava passando pela mente do Rob.

 

Quando saímos, Rob não disse nada, apenas sorria, e eu sabia que ele estava aprontando alguma coisa.

 

- Estou curiosa para saber o que está pensando? – Disse sentando no seu colo na cama do hotel, afastando o notebook da sua frente.

 

- Gostei de lá. E estava vendo tudo o que consegui com as minhas pesquisas. – Rob me arrumou em seu colo, me colocando de frente para ele. – Podemos descobrir onde fica a igreja daqui, irmos até lá, e pedir uma autorização para casarmos, em 15 dias. Será que esse tempo será suficiente para prepararmos tudo? Sua roupa, comida e todas as outras coisas?

 

- E o filme? Temos que estar em Toronto dia 10 de janeiro.

 

- Podemos convencer a Jodie. Casamos, filmamos e depois viajamos em lua de mel.

 

- Vamos ligar para sua irmã e pedir para ela perguntar se eles estão livres para essa data e aí descobrimos sobre a igreja. E o advogado?

 

- Eu ligo para o meu e peço para que prepare o documento que o padre quiser.

 

- Vamos nos casar?

 

- Vamos nos casar, baby.

 

SPOILER

 

 

 

- Você comprou um presente para mim? Quando?

 

- Comprei vários, eu te disse isso, quando voltamos. Trouxe cada um deles, porque quero te dar todos antes que esse ano termine. O próximo será diferente, estaremos juntos, casados, e com o nosso bebê. Quero uma vida nova, onde possamos viver em paz, e sermos nós mesmos, sem nos importar com o que passou, o que nos separou. Só me importa a família que estamos formando. Só me importa eu, você e nosso filho.

 

Entreguei todas as camisas, agasalhos, tênis, canetas de hotel, e demais bugigangas que havia comprado ou juntado para ele até me convencer de que não saiam das gavetas do meu closet. Finalmente elas saíram, para as dele, que será sempre bem ao lado das minhas.

Fomos ao pub que sempre frequentamos, estava frio, mas eu queria estar de frente para o mar no momento que o ano novo chegasse. Quando aconteceu estávamos abraçados, nos beijando, Rob me dizia coisas doces e no final da noite, ouvimos uma banda enquanto ele bebia e acariciava minha barriga.

 

Ao voltarmos para o hotel nos amamos, dando boas-vindas ao ano que mudaria definitivamente nossas vidas.

 

- Esse ano é especial.

Desculpem mais uma vez, pelo ultimo capitulo que postei sem postar e pela demora em retornar, as coisas não melhoraram tão rapido quanto eu desejava, mas agora se Deus quiser tudo vai entrar nos eixos.

 

Mas, o que quero mesmo é agradecer, pensei em vocês o tempo todo e em todo o amor, carinho e nas orações que recebi. Vocês são maravilhosas, as mais FODASTICAS de todas, minhas grandes e melhores amigas. Muito obrigada por serem tão especiais. Eu realmente amo vocês.

 

Obrigada também pela paciência, pela espera e pelo incentivo.

 

Vejo vocês assim que possivel no Facebook.

 

Beijooooooooooooooooooooos

 

Especial
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