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Homecoming of Soul

Ok, não há justificativa plausível e aceitável para minha demora com essa fic, mesmo que ela tenha sido involuntária.

Eu amei escrever essa historia. Me preocupei com os andamentos da vida real, mesmo achando que tudo está bem.

Chegamos ao ultimo capitulo. O proximo será o epillogo. E, sinceramente espero não ter decepcionado ninguem, mesmo com a demora.

Vamos ao capitulo final???

DISTRAÇÕES

 

 

 

KRISTEN

 

- Vamos voltar para a ilha de Wight, lá ninguém fotografa a gente?

 

- Eu disse para comprarmos uma casa lá...

 

- Você me distraiu escolhendo o hotel para casarmos.Graças a Deus Rob me abraçou e sorriu quando falei do casamento. Ele veio do aeroporto até chegarmos em casa da mesma forma, completamente contraído, puto, fechado, as mãos em punho, o olhar perdido no horizonte, sem me encarar ou dizer uma única palavra.

 

- Vamos ter que achar uma forma de viver com isso Rob. Não podemos mais nos esconder ou a ele...

 

– Passei a mão na minha redonda barriga me sentando no sofá, tendo nossos cães me olhando e balançando seus rabos de felicidade, por finalmente voltarmos para casa, ignorando toda a confusão que foi a nossa chegada.

 

– Em algum momento eu vou ter que ir as minhas consultas ou ao hospital, e vamos ter que leva-lo a pracinha, a casa dos nossos pais, o que inclui novamente um aeroporto, isso sem contar o fato de que cedo ou tarde teremos que matriculá-lo em uma escolinha...

 

- Teremos que descobrir antes de mais nada se é menino ou menina, baby.

 

- O que você acha?

 

- Não me importo. A algum tempo, antes dele estar aqui, eu imaginava que ter um menino seria melhor, meninas são muito complicadas com todos os seus lacinhos e mundo de príncipes e princesas, mas agora, se tivermos esperando uma garotinha não me importaria nem um pouco em pintar todo o quarto dela de cor de rosa e de colocar coroas na cabeça todas as vezes que quisesse brincar de faz de conta. – Gargalhei imaginando o Rob com uma pequena coroa na cabeça sendo o mais perfeito dos pais.

 

- Você será um pai incrível, sweet. – Rob sentou ao meu lado, me acomodou em seus braços tocando minha barriga, e nosso bebê se acalmou como mágica, como se entendesse perfeitamente que é o papai que está aqui, nos protegendo.

 

- Esse bebê tem muita sorte, terá você como mãe, será forte e destemido, e dificilmente teremos alguma criança que sofrerá sendo fantasiado pelos irmãos e muito menos será chamado de Claudia. – Eu adoraria que a Lizzie e Vick tivessem lembrado de tirar alguma foto dele vestido assim, porque as histórias são maravilhosas, e se viessem acompanhadas de algum registro seriam impagáveis, mas se caíssem nas mãos da mídia, seria uma festa.

 

O assunto mídia, sites, imprensa, paparazzi, fotografia foi evitado a qualquer custo em casa. Passamos o resto do dia tentando organizar as coisas que tínhamos em nossa, ainda bagunçada, casa nova.

 

O quarto do bebê estava do mesmo jeito desde que conhecemos a casa a primeira vez. Intocado. Era um espaço de paredes amarelo claro, que imagino em algum momento serviu para os filhos dos antigos donos, ou talvez algum hospede querido, mas que até agora não havia nada, nem um móvel ou brinquedo. Estávamos esperando saber o sexo primeiro, e aí sim, escolheríamos entre as diversas opções de decoração que já tínhamos pré-selecionado.

 

- Porque está com essa cara? – Suspirei voltando minha atenção para o CJ que estava sentando na minha frente na mesa da cozinha, encontrando o olhar curioso do Rob, que me trazia um refrigerante e sentava ao meu lado.

 

- Hoje é o aniversário da Susie e eu não posso ir. Mais tarde tenho a consulta com o médico e não faço ideia de como vou chegar lá, ir até a festa dela em Malibu sem chamar a atenção será impossível.

 

- Você quer realmente ir?

 

- Sabe o que sinto? – Dois pares de olhos aguardavam em expectativa o que eu diria, enquanto minha mão estava suavemente pousada em minha barriga. – Daqui para frente não terá como não expor minha gravidez, e terão cada vez mais paparazzis atrás de mim, depois que ele ou ela nascer, não sei quando conseguirei pôr os pés pra fora de casa, e a sensação que tenho é que não me despedi direito, entendem?

 

- Você irá a festa da Susie, baby, não se preocupe com isso, e iremos ao médico sem que ninguém nos veja. – Não sei como, mas se o Rob diz que acontecerá é porque ele dará um jeito.

 

Os paparazzis não ficavam em nossa porta, mas no final da rua, que era o único ponto pelo qual tínhamos que passar. Eu não conseguia mais me esconder no banco de trás do carro por causa da minha barriga.

 

Uma calça jeans um número acima do meu normal e uma camiseta cinza escuro do Rob, além do meu par de Converse eram minhas roupas quando estava pacientemente sentada esperando pelo meu querido marido e seu plano infalível para podermos ir ao médico.

 

Rob jogou a chave do seu carro para o CJ e pegou na minha mão, enquanto eu esperava o desenrolar do seu plano.

 

- Vamos baby? – Afirmei. – CJ vá pra qualquer lado, menos em direção a Beverly Hills, por favor. – Estanquei assim que vi outro carro exatamente igual ao dele.

 

- De onde veio esse?

 

- Aluguei. Chegou a pouco. Junto com o outro. – Só então reparei em um SUV cinza claro estacionado ao lado do meu carro. A porta desse carro foi aberta pra mim pelo Rob.

 

Rob deu todas as coordenadas e o CJ saiu por um lado da estrada e nós e o motorista que dirigia o carro igual ao do Rob pelo outro lado. E assim que chegamos ao final da rua, me abaixei o máximo que consegui, mesmo os vidros sendo muito escuros e estando fechados. Tomamos uma direção enquanto o carro tomou outra.

 

Sorri da simplicidade do plano do Rob. E assim como ele prometeu ninguém nos viu ou fotografou e mais uma vez chegamos ao consultório sem que houvesse qualquer paciente para nos ver.

 

Refiz todos os exames que estava mais do que acostumada a fazer e finalmente me deitei na maca onde seria passado o gel que antecedia a ultrassonografia. Rob sentou ao meu lado a luz foi diminuída e em primeiro lugar pudemos ouvir o coraçãozinho do nosso bebê batendo a toda velocidade.

 

- Vocês tem algum nome já definido? – Olhei para o Rob sorrindo. Havíamos decidido como chamaríamos nosso bebê quando estávamos no Marrocos.

 

- Ava se for menina e Thomas se for menino. – Rob escolheu o primeiro nome. Americano como a mãe, como disse ele. E eu escolhi, caso seja menino, um inglês como o pai, além do nome do meio.

 

- Papai, mamãe, eu apresento a vocês a pequena Ava. – Meus olhos saíram do monitor para encontrar os do Rob, vendo as lagrimas que saiam do seu rosto, nossas mãos apertadas.

 

Levou um tempo até conseguirmos parar de chorar, ouvir todas as recomendações medicas e voltarmos para casa, e quando isso aconteceu fomos inundados por ligações dos nossos pais, irmãos e amigos, todos querendo saber do nosso bebê.

 

Estava em expectativa para saber qual a ideia do Rob para que eu pudesse ir para a festa da Susie, até a campainha tocar e o CJ entrar devolvendo o carro dele.

 

- CJ, você pode, por favor, levar a Kristen para Malibu e tomar conta dela e da nossa filha? – A cara do meu amigo não podia ser mais divertida, e, se não tivesse em choque estaria morrendo de rir.

 

- Claro que sim Rob.

 

- Espera aí. É esse o seu plano? O CJ vai me levar e pronto? Não quero ir sem você e se não tiver afim, ok pra mim, não vamos...

 

- Eu pedi pra ele te levar baby, não disse que não iria, mas antes vou a outro lugar e vai dar certo mais uma vez, acredite em mim. – Como não acreditar quando ele fala assim, tão carinhoso, segurando meu rosto em suas mãos.

 

As oito da noite o Rob saiu mais uma vez no carro que ele alugou, dessa vez em direção ao Chateou Marmont, todos os paparazzis o viram sair e depois me abaixei o máximo que pude em seu carro dirigido pelo CJ em direção a Malibu, onde seria a festa da minha amiga.

 

Fazia mais ou menos uma hora que estava na festa quando o Rob chegou, e tudo ficou perfeito. Susie estava se divertindo ao lado do Jack tirando todas as fotos que a fazia feliz, CJ estava dançando de olho no DJ, os outros estavam bebendo, namorando e agora eu estava sentada ao lado dele, sua voz no meu ouvido, seus braços ao meu redor.

 

- Como você os enganou? – Rob sorriu travesso.

 

- Dirigi até o Chateou, sem me importar muito com quem me veria. Aluguei um carro que foi entregue lá e o motorista de hoje à tarde veio buscar seu carro. Então, saí do hotel escondido no automóvel novo, com os vidros fechados e pela porta dos fundos. Quando passei por eles no mesmo instante que o outro saia pela porta da frente só conseguia ver flashs na minha frente, mas nenhum na minha direção.

 

Definitivamente o Rob estava disposto a tudo para enganar os paparazzis, mas sei que isso não adiantará para sempre. Que cedo ou tarde teremos que enfrentar esses abutres.

 

Chegamos em casa quando o dia estava amanhecendo. Tomamos banho e vimos o sol nascer.

 

- Você lembra que quando voltamos vimos o sol nascer?

 

- Acho que ela foi feita naquela noite. – Eu estava sentada no colo do Rob que mantinha suas mãos tocando minha barriga, acariciando tanto a mim como a Ava.

 

- Então ela foi feita em um dos dias mais felizes da minha vida baby. Agora vamos dormir, antes que você fique muito cansada. – Mas, eu não queria dormir, queria o Rob, e antes que chegássemos na cama, já havia deixado isso muito claro.

 

Nossos dias se resumiam a ler alguns roteiros, tentando escolher um bom personagem para o Rob, pensando onde seriam as filmagens, e que tipo de vida poderíamos levar nesse lugar. Agora não estávamos mais sós. Havíamos decidido que onde um estivesse o outro estaria. Iriamos nos revezar e nunca mais filmarmos ao mesmo tempo, a não ser é claro que estivéssemos no mesmo filme. Não sabíamos como conseguiríamos nos afastar da Ava. E toda a nossa bagagem havia aumentado exponencialmente. Tínhamos uma criança, três cachorros e algumas pessoas que estavam dispostas a nos ajudar.

 

No meio de tudo isso apareceu finalmente um bom roteiro para o Rob, que filmaria quando a Ava tivesse 3 meses, eu esperaria um pouco mais, voltando as gravações assim que o projeto dele terminasse.

 

Além de lermos os roteiros nos dedicamos a fazer o quartinho dela. As paredes foram pintada de verde muito claro, os moveis eram todos brancos, assim como as janelas. Havia um tapete creme com rosas vermelhas claras e todas as roupas de cama e as cortinas eram cor de rosa com arabescos no formato de rosas.

 

As rosas são um símbolo de Londres e eu queria algo que significasse a Inglaterra. E o Rob queria que tivéssemos coisas delicadas perto dela.

 

Faltava pouco para a Ava nascer, estávamos literalmente em compasso de espera. Eu me sentia uma bola ambulantes, minha barriga estava enorme e acho que ela vai puxar ao tamanho do pai, meus pés estavam inchados, mesmo o Rob me fazendo massagens diariamente, e dormir era quase uma prova de fogo. Meu apetite era uma coisa que quase não existia, não importando se era eu que cozinhava ou a Clair, a avó coruja que já estava na cidade para o nascimento da esperada netinha, junto com o Richard, o avô babão.

 

Conversávamos diariamente com nossos amigos que nos sacaneavam, incentivavam, mas principalmente nos apoiavam nesse momento. Lizzie e Victoria estavam esperando que a Ava nascesse para virem de Londres nos visitar.

 

Meus pais aguardavam apenas um telefonema e estariam por perto para o que quer que fosse, assim como meus irmãos.

 

- Filha, quando você vai querer sair de dentro da mamãe. Está na hora de você nos ver e... – Rob estava ainda mais ansioso do que qualquer um de nós. – Kristen, o que você acha que ela vai pensar de nós?

 

- Acho que ela não vai ter muita escolha a essa altura do campeonato Rob. Ela se meteu nessa família cheia de gente maluca, tatuada, que vive no meio da atuação e da música, em compensação ela é uma Pattinson, então terá esse lado inglês, um humor diferente, uma beleza e elegância natural. – Suspirei. – Seja como for, será muito amada e querida. – Rob sorriu como um pai bobo que está se tornando.

 

Estava quente no início de agosto, eu não conseguia encontrar uma posição para dormir, e passava o tempo tirando pequenos cochilos, então conversava com qualquer um que estivesse disponível para mim, estivesse perto a ponto de pegar o telefone e chamar ou a quilômetros de distância onde uma chamada pelo Skype era a solução.

 

Rob estava a meu lado a cada momento do dia, pegando qualquer coisa que precisasse, ajudando em tudo o que podia, babando no quarto e em cada roupinha da Ava, tentando aliviar o peso da minha barriga, me mimando e ninando para que conseguisse dormir.

 

- Rob... – Ouvi o ressonar dele ao meu lado, e o olhar alarmado dos três cães a minha frente, normalmente não o acordaria por uma bobagem, mas algo me diz que não é um alarme falso nesse momento. – Rob...

 

- Hãn. – Ele virou para o outro lado? Sim, ele virou e ainda puxou o travesseiro cobrindo seu rosto.- Rob... – Puxei, ou tentei, tirar o travesseiro de cima dele. – Ai... – Merda de dor.

 

- Kristen... – Arregalei o olho na direção dele. Chamei várias vezes e nada e um simples ai, fez com que ele se sentasse com o peito nu, me encarando assustado? – O que você está sentindo?

 

- Dor. – Parei imediatamente, segurando sua mão para me apoiar, sentindo uma espécie de aperto forte no final da minha barriga.

 

- Que tipo de dor Kristen? Fala comigo, por favor. – Eu sentia meu corpo esfriar e a dor se intensificar. Que porra está acontecendo comigo?

 

- Acho que ela vai nascer... – De repente o Rob se colocou de pé, olhando de um lado para o outro.

 

- O que eu faço? – Tentei respirar, inutilmente, fundo.

 

- O médico. Liga pra ele. – Rob fez exatamente o que pedi, e fomos aconselhados a irmos para o hospital.

 

Me troquei e o Rob fez o mesmo, pegamos minha mala e a da Ava, ligamos para nossos pais que se encarregaram de avisar o restante da família e fomos em direção ao hospital.

 

- Está doendo muito?

 

- Dirigi Robert.

 

Ele dirigia o mais rápido que podia, mas não parecia ser rápido demais para minha dor. Eu tinha medo que a Ava viesse na minha próxima respiração e as vezes não percebia como estava inconscientemente tentando parar de respirar.

 

Assim que chegamos fui encaminhada para a sala de parto, o médico chegou um pouco depois e eu estava rodeada de enfermeiras, mas a única pessoa que me importava estava ao meu lado, segurando minha mão, tentando me acalmar.

 

Sorri ao me lembrar que ele já fez um parto uma vez, pelo menos atuando em Amanhecer. Sempre ao meu lado, não importa o desafio, não importa o quão complicado seja, Rob está sempre cuidado de mim, me protegendo e me amando.

 

- Faz força agora, Kristen. – Obedeci o médico, fiz toda a força que conseguia, mas nada de ouvir o chorinho dela, nada de conseguir tirá-la de mim. – Respira. – Eu chorava e sentia o Rob afastando minhas lagrimas, olhando para mim.

 

- Você consegue baby, traz ela pra nós.

 

- Mais uma vez Kristen.

 

O chorinho ecoou pelo quarto, minhas lagrimas acompanharam as do Rob, que cortou o cordão umbilical dela. A Ava foi entregue nos braços dele, que a deitou suavemente no meu colo.

 

- Obrigado baby, ela é linda, como você. – Olhei em seus lindos olhinhos, sua cabecinha redonda, o corpinho todo sujo de sangue, as mãozinhas cumpridas, a boquinha formando um O perfeito, os cabelinhos ralos. Ela é realmente maravilhosa.

 

Minhas lagrimas caíram ainda mais quando ela saiu do meu colo para ser limpa e examinada.

 

- Eu te amo Kristen.

 

A vida poderia estar mais feliz nesse momento? Acho que não. Ava Rose Pattinson dormia tranquilamente em seu bercinho, enquanto eu e o Rob a observávamos dormir.

 

- Eu te amo mais do que tudo Rob.

 

Então... Chegamos ao final. Não sei se deu tempo de vocês gostarem, foi tanto tempo para uma fic tão pequena, não é? De qualquer forma fiz o meu melhor, mesmo que não tenha sido grandes coisas...

 

Enfim... Esse não é o momento de se lamentar, e sim de comemorar que mais ua fic, finalmente está pronta. No proximo teremos o epilogo, com toda a conclusão do que aconteceu com o nossos queridos.

 

Espero ver vocês por aqui e no facebook. Estou voltando para casa, cheia de ideias e louca para compensar o tempo perdido.

 

Amo vocês.

 

Beijoooooooooooooooooooooos

 

Epílogo
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